segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Busque a Deus de Todo Coração.

...precisamos buscar a Deus de todo o coração e esse todo é todo mesmo. Está escrito em Jeremias 29.12-14: “Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscarme-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte”. Aqui temos um princípio:
“Então me invocareis, passareis a orar a mim”, e a promessa está em: “E eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”. De coração inteiro, completo.
Continuando a promessa: “Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte”. Eu não sei qual é a sua sorte e como você está. Talvez a sua sorte seja a sua família vivendo conflitos e situações mais absurdas possíveis. Pode ser que o filho esteja nas drogas, a filha na prostituição. Ou talvez sua sorte esteja nos meses de desemprego, ou qualquer outra situação difícil, mas a promessa do Senhor diz: “E farei mudar a vossa sorte”. Amado leitor(a), Deus quer mudar a sua sorte, por isso, ore, porque Ele, somente Ele, tem o poder de mudar a sua sorte. Sim, existe a intercessão daquelas pessoas que o Senhor levanta para orar pelas outras, pois devemos interceder uns pelos outros, mas aquela pessoa que não ora por ela mesma, não vai conseguir orar pelos outros. É preciso abrir o coração, contar tudo o que se passa Àquele que está sempre pronto a ouvir...

...Ore sem cessar, viva uma vida de oração. Lembre-se de que, não se trata de orar apenas de joelhos e olhos fechados. É manter comunhão, relacionamento e intimidade com Deus, porque ninguém o ama mais do que Ele. E se você também o ama, precisa desejar estar junto dele por meio da oração. Uma esposa sabe que o casamento dela não está muito bem quando o marido muda o horário de chegar em casa, demora demais, ou perde o prazer de ficar em casa. Isto por que amar significa querer estar junto. E a oração nos faz estar junto do Senhor, ela é comunhão, relacionamento. Busque a Deus de todo coração, tenha fé em Deus, seja obediente, viva na dependência do Espírito Santo, peça de acordo com a vontade de Deus. Devemos pedir no nome de Jesus e estarmos dispostos a fazer restituição por erros cometidos contra alguém.

Deseje ser o que Deus quer que você seja, assim como Jesus desejou. A vida da pessoa que ora, prega e obedece, torna-se mais bela. Não fique apenas pedindo aos outros para orarem por você, não que isso seja errado, desde que você também ore pelos outros, mas tenha a experiência de clamar a Deus e ser atendido. Falar com Ele e receber a Sua resposta. Por isso, ore. Abençoe o seu local de trabalho, os seus colegas e verá a bondade de Deus sobre a sua vida. “Como um Pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem”. (Salmo 103.13.) Seja um homem de oração, uma mulher de oração. Seja uma família que ora, que não se reúne apenas em frente da televisão, pois muitas famílias se reúnem para assistirem um programa na TV, mas não passam tempo juntos, orando.

Meus queridos, fomos chamados para transformar, para que as pessoas vejam em nossas vidas o poder do Senhor Jesus através da oração. Peça perdão a Deus, caso você não tenha sido, até hoje, aquela mulher de oração, aquele homem de oração. Comece hoje mesmo a dizer ao Senhor que você o ama e, por isso, deseja ser homem e mulher de oração, para que através de sua vida suba, constantemente, o incenso do seu coração.

“Senhor, nós temos semeado a tua Palavra no coração dos teus filhos. Que o teu Santo Espírito possa vivificá-la fazendo de cada leitor, uma vida que ora e mantém a comunhão contigo. Senhor, que cada um seja uma pessoa caracterizada pela oração. Que cada mulher seja uma mulher de oração, e cada homem seja um homem de oração. Ó Deus, por causa das orações que como um incenso sobem ao teu trono, teus filhos possam viver sempre, uma vida que prevalece, uma vida vitoriosa e debaixo da graça do teu nome e maravilhoso poder. Ó Espírito Santo, venha vivificar a tua Palavra no coração dos teus filhos, venha trazer sobre eles a graça do teu nome e a manifestação do teu poder. Em nome de Jesus, amém”!

Se você ainda não tem Jesus como seu único e suficiente salvador, ou está desviado dos caminhos dele, faça esta oração e entregue o seu coração hoje!

“Senhor Jesus, eu sei que sou pecador e preciso da salvação. Agora, arrependido eu te recebo com o meu Senhor e Salvador. Pai, eu que estava afastado e desviado dos teus caminhos, veio a saudade, e depois de ler essa mensagem, eu volto arrependido, na certeza de que serei perdoado(a) e restaurado(a). E eu voltarei a ser aquele homem, aquela mulher, segundo o teu coração”.

Eu quero orar por você que fez uma destas orações.


“Ó Deus e Pai, no nome de Jesus Cristo, eu sei que o Senhor entrou na vida deste querido leitor. E eu o abençoo para que nunca mais possa te abandonar, mas que a partir de hoje ele(a) possa viver como filho e filha do Senhor. Eu abençoo este coração. Que o nome de cada leitor seja escrito no Livro da Vida com o teu precioso sangue. Amém”!

Fonte: Livro "Coração que Prevalece" Márcio Valadão

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Adoração....Louvor.....

Há dois tipos de música, a boa e a ruim — seja ela erudita, MPB, sertaneja, reggae, rap, rock ou gospel. O que me surpreende é a capacidade de o mercado absorver a música ruim. Com a proliferação de compositores, intérpretes, bandas e gravadoras, o cenário evangélico não poderia ser diferente. Tem música boa, mas também tem muita música ruim.

Passamos séculos louvando a Deus com hinos históricos da Reforma. Bastava um hinário, e tínhamos músicas com letras densas, boa teologia e linha melódica harmoniosa.

Nos últimos anos surgiu o que chamamos de louvorzão. Jogamos fora os hinários, a liturgia, aposentamos o piano e o coral e introduzimos a guitarra, a bateria, o data-show, as coreografias e a aeróbica. Surgiu também a figura do dirigente de louvor, responsável por animar a congregação. Daí para a frente há muito barulho, muitas palmas, muitas mãos levantadas, muitos abraços, muitas caretas e cenho franzido. Mas a pergunta que fica é: temos adoração?

O lado positivo do louvorzão é o interesse e a integração na igreja de milhares de jovens. Trata-se de uma oportunidade única para ensinar estes jovens, através do exemplo e da Palavra, o caminho do discipulado de Cristo. Mas fica a pergunta: estarão estes jovens crescendo na santidade e no serviço?

Alguns cultos se tornaram verdadeiras produções dignas da Broadway. Músicos profissionais, cenários, bailarinos e iluminação. Mas fica uma pergunta: toda esta parafernália cênica tem levado o povo de Deus a uma genuína adoração?

A história da Igreja é rica em manifestações artísticas. Ao longo do tempo o louvor foi expresso através de várias expressões musicais. O canto gregoriano, o barroco, os hinos da Reforma, o negro espiritual e os cânticos contemporâneos deixaram sua contribuição à boa música ao longo destes últimos séculos.

Trata-se, portanto, de um equívoco jogar fora toda a herança histórica e achar que esta geração descobriu a forma certa de louvar. Se olharmos do ponto de vista musical veremos que a história nos legou uma herança preciosa. Na cultura gospel do louvorzão tem muita música ruim, muita letra questionável e muito dirigente de louvor que mais parece um animador de auditório.

A igreja pode ser a ponte entre as gerações, entre o antigo e o novo e integrar na adoração tudo o que há de bom na sua herança histórica. Tem muita gente cansada do louvorzão barulhento de letras rasas, de bandas que tocam no último volume, de coreografias esvoaçantes e de ordens do dirigente para abraçar o irmão da frente, de trás e do lado dizendo que o amamos. É constrangedor abraçar alguém e dizer que o amamos quando nem sequer o conhecemos.

A igreja perde quando a ênfase do louvor se desloca da congregação para o palco. Com raras exceções a música é ruim, a letra não tem nada a ver com a realidade do cotidiano ou a teologia reformada e a performance no palco é apelativa.

A igreja perde quando se torna parecida com um programa de auditório e já não cultiva a boa música com cordas, sopros, bons arranjos, corais, quartetos. E perde muito mais quando a adoração se torna um evento estimulado sensorialmente e não uma melodia que emerge de um coração quebrantado e temente a Deus. Adoração é sempre uma resposta humilde, alegre, reverente àquilo que Deus é e faz. Adoramos porque algo aconteceu, algo nos foi revelado, e não o contrário, como pensam alguns, que recebemos a revelação e as coisas acontecem porque adoramos.

A igreja perde quando não há reverência ou temor. O que resta é euforia, excitação e sensações prazerosas. O que é bom em si mesmo, mas não é necessariamente adoração.

É um equívoco pensar que Deus se impressiona com nossos cultos de domingo. Antes, ele acolhe muito mais nossos gestos simples do cotidiano, fruto de um coração humilde e quebrantado, que busca se desprender de ambições e serve ao próximo com alegria. Adoração não é um evento domingueiro bem produzido, mas um estilo de vida que glorifica ao Senhor.

Durante séculos a arquitetura das igrejas e das catedrais destinou o balcão posterior ao coro, ao órgão e à orquestra. Na igreja da Reforma os músicos e o coro se posicionavam na parte da frente da nave, mas sempre ao lado. Mesmo o púlpito não estava no centro, mas ao lado. No centro havia, quando muito, alguns símbolos da fé, que ajudam a despertar a consciência para a experiência do sagrado, com destaque para a mesa do Senhor. A congregação ficava em face ao altar de Deus, sem que nada se interpusesse entre a Santa Presença e a congregação. Este lugar só pode ser ocupado por Jesus Cristo. Ele é o único mediador, ele é o único que pode dirigir o louvor.

Hoje o que se vê é o apóstolo, o bispo, o pastor, o dirigente de louvor e a banda ocupando este lugar, nos levando de volta à Antiga Aliança, quando sacerdotes e levitas eram mediadores entre Deus e os homens. A conseqüência é uma geração de crentes que dependem de homens, coreografias e data-shows para adorar e para ouvir a voz de Deus.

O verdadeiro pastoreio consiste em ajudar homens e mulheres a dependerem do Espírito Santo para seguirem a Cristo, que os leva ao seio do Pai. Ajudar homens e mulheres a crescerem e amadurecerem na fé, na esperança e no amor, integrando adoração, oração e leitura das Escrituras no seu cotidiano.

A contextualização se tornou uma armadilha na qual a igreja caiu. Na tentativa de se identificar com o mundo ela ficou cada vez mais parecida com ele. A cultura gospel é autocentrada, materialista, acha-se dona da verdade, tornou-se uma religião que nos faz prosperar, que não nos pede para renunciar a nada e que resolve todos os nossos problemas. Há um abismo colossal entre a cultura gospel e o evangelho de Jesus Cristo, que nos chama a amar sacrificalmente o nosso próximo, a cultivar um estilo de vida simples, a integrar o sofrimento na experiência existencial e a ter a humildade de ser um eterno aprendiz.